sábado, 29 de dezembro de 2007

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Aquele passado que encanta...
Aquela saudade que é certeza...
Aquela pessoa que ficou sempre ali...
Aquilo que tem que acontecer...
Coisas que acontecem porque tem que acontecer. Não existe tempo, paixões, palavras, que mudem o que veio para ficar.
E fica?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Insanidade da mente...

Às vezes a sensação de estar voando, às vezes dançando, esvaziada de tudo, grande, pequena, indo reto, rodando, mero detalhe no universo da água morna em movimento. E a mente?
Primeiro observa, atenta, com um pouco de medo prende o corpo.
Depois, um milagre: à medida que aumenta a entrega, as articulações profundas relaxam e a mente se dilui junto às sensações da pele e da carne.
Continuam passando idéias e imagens pela cabeça de um modo muito solto, assim como a água também passa num jorro quente e macio.
A atenção está tão presente aos acontecimentos do corpo que os pensamentos ficam só boiando.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Febre...

As coisas caem da minha mão.
As pessoas não entendem o que eu falo.
A crítica passou a ser elogio, e o elogio, a crítica.
Algo bom de se pensar.
E nos pensamentos eu converso. Converso com você.
Neles você me aconselha e enquanto eu te dou bronca.
São horas de vontades, desejos e palavras reprimidas dentro desse vulcão prestes a entrar em erupção.
Mas ela é forte! Ah, como é forte!
Engano seu. Engano nosso.
Guarda tudo...
Cada palavra, cada roupa, cada grito, cada decepção, cada sorriso.
Guardou e esqueceu.
Mas um dia, claro, ela lembrou!
E a cabeça explodiu.
Nada mais fez sentido; as coisas caíram de suas mãos e ninguém mais entendeu suas palavras.
Hoje ela precisa dos seus conselhos, mas não tem coragem de contar a verdadeira história.
E isso dói.