sábado, 3 de maio de 2008

ssshhhiiiii

Acordei e senti um ventinho gostoso
Aqueles ventinhos de frio, sabe?
O sol tentando esquentar e o vento trazendo cheiro de frio
Aí lembrei-me da sensação.
Da sensação de nós dois naquela varanda de madeira. Dois resfriados e apaixonados.
O vento batendo e os dois encantados. Encantados com o hotel, com a beleza do lugar, com a idéia de estarmos juntos.
Só esse ventinho frio me fez lembrar da longa tarde naquela cama deliciosa, dos lençóis macios e na tentativa dos dois estranhos de esquecer o mundo e ficarem juntos.
A vontade de saber absolutamente tudo. Onde tocar, o que dizer, os medos, os amigos, a infancia, a familia, os gostos e os desgostos.
Ah!
Vem ventinho frio... Pode bater aqui que eu nem ligo.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

ah vá!

A necessidade de mudança, de mudar a direção.
Mudei de lado, mudei meu horário, mudei meus sapatos, mudei minha comida.
Passei por outros lugares e andei por outros caminhos.
Mas tem coisa que não muda. Não muda mesmo.
Nos acostumamos a viver sem, muitas vezes...

Esses dias uma das meninas chegou com o coração na mão, disse que tinha visto o pai da filha dela na rua. O dito cujo "amor da minha vida" que ela não via há 10 anos. Passou o dia atormentada e pensativa, como se todo aquele passado tivesse acontecido naquele dia.

Esses frios na barriga que marcam uma vida... Esses não são esquecidos jamais.

Eu escuto o nome, vejo o carro, uma foto perdida, uma lembrança que foi esquecida; e me dá um enorme frio na barriga. Um arrepio na espinha!
O tipo de coisa que eu me esforço para não lembrar e mais ainda para não esquecer.